Participei de uma palestra à qual o palestrante falava sobre a formação de um sujeito crítico, pensante, atuante, ator principal de sua história.
É de longa data tal afirmação... Não é uma fala atual, inovadora. Nós, educadores, realmente queremos que nossos alunos, ao passarem por um período de formação que é o período escolar, saiam capacitados para viver sua cidadania com plenitude, que saiam pensantes por si só, que consigam entender nas entrelinhas, que interpretem fatos de seu cotidiano com clareza e desenvoltura, que tenham acesso às novas tecnologias e filtrem o que é relevante para sua vida.
Isto é fato! Realmente é o que todos nós queremos. Mas, infelizmente, não sabemos como lidar com este novo aluno que quer isto tudo, que participa ativamente da vida e da realidade.
Queremos que o aluno seja pensante e crítico, mas, quando ele fala sobre sua experiência ou um fato ocorrido em seu dia a dia, rapidamente o cortamos, pois aquela não é a hora de falar... E qual será a hora? Qual é a hora do aluno falar e não do professor?
O Profº. Júlio Furtado, mestre em Educação, elencou em uma de suas numerosas palestras que professor tem mania de falar, de explicar, de ensinar, impedindo que o aluno fale e aprenda. Ele não oportuniza situações em que o aluno, através de sua interação com os demais, sua fala e a conexão com as estruturas de pensamento produza aprendizagem, construa conhecimento. Infelizmente, talvez o professor nem saiba disto, o professor ensina e o aluno não aprende, pois não ocorreu uma construção. O conhecimento veio verticalmente, como uma verdade absoluta, impedindo que o aluno a testasse, analisasse com suas aprendizagens prévias e as conectasse a estas.
Se queremos um cidadão atuante, pleno, temos que investir na formação de nossos alunos hoje, agora, propondo atividades significativas, instigadoras, que estimulem o pensar e o agir. Precisamos investir na fala, no pensamento... Para isto, devemos instigar o aluno com situações que favoreçam a socialização de saberes como o trabalho em grupo, a construção, o diálogo e a escuta.
FLÁVIA SAMPAIO
Pedagoga com ênfase nos anos iniciais do Ensino Fundamental, Especialista em Gestão Escolar Administrativa e Pedagógica, Especialista em Intervenção Cognitiva e Aprendizagem Mediada pelo ICELP-The International Center for the Enhancement of Learning Potential de Jerusalém, Mediadora do Programa de Enriquecimento Instrumental - PEI 1,2 e 3, Orientadora Pedagógica, Professora, Colunista de Jornal e Pesquisadora.
Oi, Flávia. Indiquem teu blog e coluna na Folha do Interior aos leitores do meu blog Letra Viva, e ainda coloquei um link para blogs educacionais no LV. Gostei do artigo também. Parabéns pelo trabalho. Um abraço, Zé Roig.
ResponderExcluirFlavia, mais uma postagem interessante. Concordo em gênero, número e grau.
ResponderExcluirGostaria sim de receber teus textos. São críticos e motivadores. Meu email é joseroig7@hotmail.com (msn). Visitarei teu blog mais vezes sim. Um abraço, Zé